A neurose obsessiva e as mansões do dito: a associação livre
- Artur Linck
- 3 de jul.
- 13 min de leitura
Atualizado: 10 de jul.
O ano dedicado ao trabalho de leitura do seminário de Lacan (1973-1974), Les non-dupes errent, trouxe alguns pontos que ressoam ou tocam em questões que me deparo na clínica, especificamente em casos de neurose obsessiva. Muito já se escreveu e ainda irá se escrever sobre essa forma de sofrer, desde quando Freud nos assinalou amplamente suas especificidades no campo psicanalítico e em seus casos clínicos. Em um texto de 1896 chamado Novas Considerações sobre as neuropsicoses de Defesa, o psicanalista fez suas primeiras considerações sobre o tema, mas foi no texto Observações sobre um caso de neurose obsessiva de 1909, conhecido como o Homem dos Ratos, que ele pode se debruçar detalhadamente no relato e análise de um de seus casos. Logo no início do texto ele fala das dificuldades na leitura deste sofrimento neurótico, colocando que “São as resistências dos pacientes e as formas de sua expressão que tanto dificultam esta última tarefa” (FREUD, 1909/2021, p. 336). Em conferências dedicadas à discussão sobre a neurose obsessiva, registradas em formato de livro posteriormente, o psicanalista Charles Melman toca em um ponto importante sobre a clínica de obsessivos e que aqui nos interessa. Nessa passagem, onde ele fala especificamente da relação dos obsessivos com o seu dizer, ele introduz o ponto que quero tentar explorar nesse escrito:
Primeiramente, gostaria que vocês notassem que o obsessivo não fala. Quando ele fala, é como se ele lesse algo que estivesse escrito em algum lugar. E é por isso que, quando o obsessivo fala, é como se fosse alguma coisa escrita. Ou seja, não como uma enunciação, mas como um enunciado (Melman, 2004, p. 45).
É aqui que o trabalho de leitura do seminário Les non-dupes errent trouxe contribuições para minha escuta clínica, principalmente o que envolve aquilo que conhecemos como a regra fundamental da psicanálise: a associação livre. Através da entrada de Lacan pelas matemáticas, há alguns recursos possíveis para pensar essa questão de forma teórica. Figuras como o Toro e o Grafo do desejo são, talvez, as mais evidentes, em que as relações podem ser pensadas. Tomando as discussões em torno do seminário Les non-dupes errent, e o que Lacan propõe a respeito do nó borromeu, me perguntei o que poderia extrair dali que pudesse ajudar nesse sentido. Assim, uma questão se colocou: É possível pensar a associação livre com o auxílio do nó borromeu? Se sim, o que se pode extrair? E o que é possível articular sobre a associação livre na clínica da da neurose obsessiva?
Nas Jornadas Clínicas da APPOA intitulada de “Dizer Inconsciente”, realizada em novembro de 2023, foi destacado em algumas falas que o seminário de 1973-1974, inicia já pelo título escolhido por Lacan, em que por meio da homofonia em francês alguns outros sentidos possíveis se revelam. Assim, Les non-dupes errent pode ser escutado como Os não tolos erram / Os não tolos vagueiam, Os nomes do pai ou até mesmo Os nãos do pai. Hoje em dia temos acesso aos áudios de alguns seminários que foram gravados e podemos ouvir Lacan, logo no início da primeira lição deste seminário, em 13 de novembro de 1973, enfatizando muito bem o “erre” de errent. Ele inclusive faz questão de soletrar, em alguns momentos, esse “erre” - e, dois r, e -em que fica ressoando tanto o errar, que vem de erro, como o errar da errância, caminhos por onde ele irá traçar suas discussões. Há também a possibilidade de escutar, e isso viabilizado pelo que irá se desenrolar durante o seminário, o R de Real, um dos três registros que se amarra ao Simbólico e o Imaginário no nó borromeu, as três mansões do dito em que habita o ser falante. No percorrer do seminário, ficará mais claro que Lacan está falando e dando ênfase também ao próprio Real do nó, esse que após o corte de um dos três elementos, os outros dois de soltam.
Percorrendo nesse momento apenas o fio da discussão que gira em torno do errar / errância / vaguear, e permitindo aqui pensar um percurso de análise como uma viagem / jornada que se percorre, posso começar a traçar a questão proposta do início, já que entendo que se aproxima do que quero falar. Lacan, tendo o título do seminário em mente onde escutamos “os não-tolos” e “os nomes do pai” em francês, irá dizer o seguinte:
Nestes dois...termos, postos em palavras, os nomes do pai e os não-tolos que erram, é o mesmo saber. Nos dois. É o mesmo saber no sentido de que o inconsciente é um saber no qual o sujeito pode ser decifrado. É a definição do sujeito, esta que dou aqui. Do sujeito tal como o constitui o inconsciente. O decifra aquele que por ser falante está em condições de realizar esta operação, o que é ainda, em certa medida, forçado, até atingir um sentido. E é aí que para, porque… porque se tem que parar (Lacan, 1973-74/2018, p. 12).
É interessante essa passagem acima, pois ao colocar o sujeito do inconsciente como algo a ser decifrado por um falante que possa realizar essa operação, ele aponta para a escuta psicanalítica viabilizada pela proposição da associação livre e da sua contraparte: a atenção flutuante do psicanalista. No seu conhecido texto de 1912, “Recomendações ao médico para o tratamento psicanalítico”, Freud, nos primeiros parágrafos, fala da atenção flutuante e do quanto a seleção intencional do material não seria algo muito interessante na clínica. Dessa forma, para Freud, em termos de atenção flutuante, não encontramos algo diferente daquilo que já estamos procurando e ainda diz o seguinte: “Não nos esqueçamos de que em geral ouvimos coisas cuja importância só se revelará a posteriori (nachträglich)” (Freud, 1912/2017, p. 94). Lacan grifa esse nachträglich para apontar a dimensão significante na psicanálise e, também, apontar para os riscos da compreensão ou do compreender demais. Ou seja, o trabalho de decifração não se dá num piscar de olhos ou pode ser feito a partir de uma relação de sintomas manifestos, o que seria uma leitura sígnica. Ele implica escuta por aquele que a empreende, sugere um não saber como estando no início do processo, uma outra temporalidade que não é a da pressa (embora em algum momento seja preciso uma parada de significações), e uma leitura possível dos elementos que estão em jogo, apontando para um sentido. Lacan na mesma lição I, mais adiante, diz:
Se os não-tolos são aqueles ou aquelas que se recusam à captura do espaço do ser falante, se são aqueles que disso conservam, por assim dizer, seu campo livre, há algo que é preciso saber imaginar: a necessidade absoluta de que ele resulta de uma não errância mas de um erro (Lacan, 1973-74/2018, p. 23-24).
Se com Lacan entendemos que a recusa à captura do espaço do ser falante é um erro, então essa recusa é a recusa daquilo que a psicanálise aponta sobre o que nos constitui, ou seja, de que somos seres de linguagem, seres falantes e que isso causa consequências para o sofrimento humano e sua questão com o desejo. Em outras palavras: a tese de que o sujeito do inconsciente é o que um significante representa o sujeito para outro significante, isso implica um movimento, uma certa errância ou viagem, já que esse sujeito, sempre evanescente e não capturável em algum lugar certeiro, vagueia pela cadeia significante sem muito bem saber o que essa viagem terá como destino. Então, recusar-se a embarcar nessa viagem é, para a psicanálise e o deciframento do sujeito do inconsciente, um erro para Lacan, já que isso nos impediria de trabalhar com o sujeito que nos interessa. E como se poderia pensar esse erro? No que ele consiste?
Aqui tocamos num ponto em que se pode trazer algo do que Lacan fala sobre o obsessivo, no seu seminário sobre A Angústia (1962-1963), onde ele aponta que se há algo que o obsessivo se dedica é a “reencontrar no significante sua função de signo” (Lacan, 1962-63/2005, p. 152). Quem já atendeu casos com essa gramática de sofrimento sabe o quanto é presente essa dedicação, como se procurassem encontrar a última palavra para suas questões, um ponto onde nada mais precisasse ser dito, já que a função do signo desempenharia uma resolutiva do que a função significante coloca estruturalmente. Lacan diz que, ao fazer isso, acaba que aquilo que o significante propõe insiste ainda mais: ao falar, o sujeito sempre se esbarra na necessidade de colocar um a mais, e mais outro, e mais outro etc.
Sobre esse ponto, e pensando na pergunta que temos em mente nesse escrito, ou seja, sobre a temática da associação livre, acredito que algumas relações podem ser traçadas. Fazendo uma breve pesquisa por “associação livre” ou “regra fundamental” por todo o seminário em questão, não encontramos nenhuma menção direta (se alguém encontrar, por favor, me passe!). Claro que há passagens onde se pode ler que ele talvez fale sobre isso, mas não utilizando especificamente esses termos. Como por exemplo: “Não seria esta, ao forjarmos, uma ética muito diferente, uma ética que se fundaria na recusa de ser não-tolo, na maneira de ser cada vez mais fortemente tolo desse saber, desse inconsciente que, no final é nosso único patrimônio de saber?” (Lacan, 1973-74/2018, p. 25). Algo que é o avesso do que se pensa, pois não se trata de uma apropriação, mas de ser tolo do saber inconsciente. Esse “ser tolo” sugere a possibilidade de vaguear, coisa que a escuta flutuante sugerida por Freud e citada anteriormente pode indicar.
Lacan reiteradamente nos adverte durante o seu ensino para não compreendermos depressa demais e essa advertência é muito condizente com sua teorização. Quando ele toma da linguística saussuriana a noção de significante, invertendo sua posição perante o significado no algoritmo do signo, o psicanalista francês aponta a prevalência do significante perante o significado. O que pode falar do significado é o encadeamento significante, seu valor na cadeia perante outros significantes e nesse sentido é sempre num só-depois. Dessa forma, o relato de um sonho, um ato falho e a queixa de um sintoma, por exemplo, de início não significam nada, a depender do tempo em que surgem. Indicam, sim, que podem ter alguma significação, que são feitos de linguagem, mas que é necessário um tempo para que outros elementos surjam no decorrer do tratamento e que assim algo possa ser dito sobre, mas nunca a palavra final ou o “é isso!”.
Voltando ao assunto do nosso interesse: do que se trata quando o analisante se lança na associação livre? Muitas vezes também nos referimos à análise como uma travessia, como alguma coisa que o analisando terá que passar / atravessar. Porém seu movimento se dá por outros meios. Que meios? O meio do dito em transferência que através das palavras pode endereçar suas questões e seu sofrimento a um Outro, indicando num mais além sua posição perante o desejo e seu sintoma. Se com Lacan entendemos que aquele que escutamos não está na nossa frente, pois o sujeito que nos interessa é aquele mais além, o do significante, e se o significante é aquele que significa um sujeito para um outro significante, claramente estamos advertidos de que forma se caminha em uma análise. Caminha-se e cria-se caminhos através daquilo que é dito e não feito com os pés. E que caminho nada convencional!
Nesse caminhar, as surpresas, estranhamentos e inesperados que se produzem em uma análise, podem não nos dizer certamente para onde vamos, mas são bons indicativos de que estamos na rota que nos interessa. O que temos à disposição para traçar esses caminhos, não são carros ou aviões, mas sim as palavras, a associação livre em transferência! Esse é nosso meio de locomoção, onde se vaide significante em significante, pode ser um tanto assustador ao ser proposto, já que há chances de nos levar a destinos incertos e não pensados a priori. ”Fale o que lhe vier à cabeça!”: se pode dizer algo que não se esperava, algo que escapa, algo que romperia com a pretensa unidade imaginária do eu que se pretende apresentar ao Outro, no caso das neuroses.
É bastante comum em casos de neuroses obsessivas ouvirmos que os mesmos se prepararam para a sessão, inclusive anotando o que querem falar, pois poderiam se perder ou não saber o que dizer. Confessam inclusive seu receio em terminar uma sessão e não terem dito tudo o que queriam, deixando pontas soltas para trás ou pior ainda: mal-entendidos. É claro que talvez em algum momento de suas análises esse entregar-se um pouco mais às associações pode vir a acontecer, mas um percurso de trabalho é necessário. Isso porque o ato da fala ata ou toca em diversos pontos de um ser falante, em que Lacan tentou durante seu ensino nos indicar através de alguns recursos. O grafo do desejo, por exemplo, é um recurso fantástico, pois ali se pode analisar como se monta o ato da fala e o que ela articula. Assim como no nó borromeu, há também um real do grafo, por assim dizer, pois ele é orientado e isso impõe certas vias de possibilidade, de impossibilidade de trajeto e relações entre os elementos que são acessados todos ao mesmo tempo. Nenhum desses elementos possuem significação em si mesmo, mas somente nas suas relações com os outros elementos. No grafo, um sujeito ao falar, irá necessariamente passar pela dimensão imaginária ao se remeter-se ao Outro, onde os seus ideais e identificações estão em jogo o tempo todo. Essas relações também aparecem no Esquema L, em que o sujeito recebe sua mensagem do Outro ao se dirigir ao outro semelhante, atravessando assim o discurso inconsciente e a relação imaginária.
E falando em estrutura, o que se poderia falar sobre a associação livre e o nó borromeu? Para começar a articular algo sobre isso, trarei Jean-Claude Milner (2006) que diz o seguinte:
O real do nó é a impossibilidade de desfazer um de seus anéis sem dispersá-los como nó. É também a impossibilidade de percorrer algum dos anéis sem encontrar no caminho alguma parte dos outros. Não há nada que se manifeste com mais evidência assim que o sujeito quer nomear e o discurso em que ele se inscreve pede a univocidade: sem cessar, o nó a recusa e os nomes, convocados para marcar tal anel, não cessam debifurcar para tal outro. De modo que o nó se converte em labirinto, no qual a linguagem e a língua, contanto que as solicitemos para nomear distintamente, estão engajadas (Milner, 2006, p. 15).
Desta feita, se pensarmos a associação livre com o auxílio da cadeia borromeana, há também elementos da estrutura que se impõem nessa tarefa. Em relação à regra fundamental,é muito comum que se pense que estaríamos somente no registro do Simbólico, o que vemos com Milner que não seria o caso. Necessariamente se passará pelos outros dois registros, já que nenhum deles está isolado, mas, sim, enlaçados de tal forma que nunca estão em estado puro. Dito de outra forma: ao associarmos livremente, não estaríamos somente no registro do Simbólico como se poderia pensar mas sim do Simbólico que está enlaçado ao Real e ao Imaginário. Isso implica que seria da ordem do impossível alguém ir somente de significante em significante na associação, num puro Simbólico sem qualquer encontro com algo do Imaginário ou do Real. Isso esbarra na dimensão imaginária da linguagem, em que as conhecidas significações coaguladas e coletivizadas estão presentes em forma de signos, nas questões das identificações imaginárias, em que se fala o mais próximo daquilo que se acredita ou gostaria de ser para o Outro, dos ideias do eu sempre em risco de se quebrarem através de um dito que escape, dos segredos e das vergonhas. Assim como ao real da linguagem a dimensão da letra está colocada, com seus impossíveis de dizer de qualquer jeito, do impossível de se dizer tudo de uma só vez sem ter que passar por outros elementos que possibilitem alguma aproximação e sempre com algum resto, do fluxo de associações que se começa por um lado e se termina por outro sem saber o motivo, dos esquecimentos e daquilo que escapa ao tentar ser articulado e do real do próprio nó que condiciona esse enlaçamento dos registros.
O termo utilizado por Milner é uma interessante aproximação: labirinto. E aqui reencontramos algo do título do nosso seminário em questão: os não-tolos erram e o ser tolo do saber inconsciente. Como já dito, se trata de uma outra relação com o saber, em que as interrogações clínicas e a suspensão da pressa em compreender se colocam. Algo muito difícil à primeira vista para um neurótico obsessivo que se preocupa demais com sua solidez imaginária e o seu mito individual, tornando um problema sua divisão subjetiva. Talvez para associar livremente é necessário estabelecer uma outra relação com sua imagem, com a castração, com aquilo que se perde, com o Outro. Talvez quando se começa a associar, é o testemunho de que algo se moveu. Senão, pode-se ficar no lugar daquele que tenta imaginar o que o outro quer ouvir, sem poder se arriscar, se surpreender com seus ditos, seus esquecimentos, erros, sonhos, etc.
Jean Brini fala algo muito interessante em um texto traduzido para o Correio da APPOA, n° 318, de março de 2022:
Com o nó borromeano, Lacan nos propõe um modo de escrita de nossa clínica diferente da escrita clássica em termos de conceitos, um modo de escrita que ao que me parece, não é uma teoria. Nesse sentido, tentar fazer uso dessa escrita nos obriga a abandonar, de uma certa forma, a significação, para que confiemos, sejamos os engambelados, neste caso, por uma escrita insensata, pelo menos por um tempo, até que nos “caia a ficha” no final da tentativa. “Dar conta” toma assim um sentido totalmente diferente (Brini, 2022).
Ser tolo do saber inconsciente não poderia ser aproximado dessa disposição em sermos engambelados? Como diz ele, pelo menos por um tempo! Eis talvez algo de radical na regra fundamental, tanto para o psicanalista como para o analisante, por mais que o primeiro esteja um pouco mais advertido de sua função.
E para falar de outra forma sobre o que propus aqui, trago uma passagem do livro O torcicologologista, Excelência, de Gonçalo M. Tavares:
- "Estar vivo é estar perdido a procurar o mapa que nos orienta na vida e assim sucessivamente, e etc. e etc.
- Ok.
- Há também outra hipótese.
- Outra? Avance.
- Um homem está numa cidade e orienta-se pelo mapa de outra cidade.
- Sim?
- E esta é uma forma original de estar perdido: orientamo-nos por um mapa, de um modo escrupuloso e sem desvios…
- Isso!
... porém o mapa é um mapa errado. É de uma cidade que está do outro lado do mundo. Penso que quem andar assim pelas cidades descobrirá os mais fabulosos recantos e segredos... (Tavares, 2017, p. 84).
Referências bibliográficas:
BRINI, Jean. Do três ao três: um estudo borromeano (Tradução de Maria Rosane Pereira – psicanalista/APPOA. Revisão de Iara Pereira – psicanalista/APPOA). In: Correio da APPOA: A topologia e a nova economia psíquica (março/2022). Porto Alegre: Associação Psicanalítica de Porto Alegre, n° 318, 2022.
FREUD, Sigmund. Observações sobre um caso de neurose obsessiva (caso Homem dos Ratos) (1909). In FREUD, Sigmund. Histórias Clínicas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2021.
FREUD, Sigmund. Recomendações ao médico para o tratamento psicanalítico (1912). In: FREUD, Sigmund. Fundamentos da clínica psicanalítica. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.
MELMAN, Charles. A neurose obsessiva. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2004.
LACAN, Jaques. O Seminário, Livro 10 : A angústia (1962-1963). Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
LACAN, Jaques. Os não-tolos erram / Os nomes do pai: seminário entre 1973-1974. Porto Alegre: Editora Fi, 2018.
MILNER, Jean-Claude. Os Nomes Indistintos. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2006.
TAVARES, Gonçalo M. O torcicologologista, Excelência. Porto Alegre: Dublinense, 2017.
Texto originalmente publicado na Revista da APPOA, volume 11, número 2, março de 2024. Para acessar a publicação original, clique aqui.
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